Invariabilidade socio-temporal

 

Para gerar o desconforto de nossos comportamentos perante as mudanças frequentes que as novas tecnologias nos impõe, deveríamos nos adaptar a focalizar apenas as que se condicionam nelas mesmas e as que confluem para o mesmo ponto redundante, criando desta forma determinações coerentes e utilizando este novo fenômeno de consumação de forma positiva.

Visto a invariabilidade dos fatores recorrentes da vida: noite, dia, acordar, trabalhar, dormir, comer, etc., o que as novas tecnologias utilizadas nos impõe, e forçam mudanças em nossas atitudes, são associadas ao fator tempo: velocidade, espaçamento e subdivisão do tempo; acumulação de atividades confinadas ao mesmo intervalo de tempo, adaptação do sistema biológico com o numérico.  

O sistema impõe adaptabilidade, pois hoje em dia,  a falha tecnológica conjuga-se com falha econômica e falha nos investimentos.

Desta forma, tudo se tornou uma questão de consumo. A mega circulação de artefatos tecnológicos, transformadores das condutas e procedimentos na vida e do dia a dia, impõe-se de forma absoluta, impedindo, quase sempre, um retorno a uma forma antiga de procedimento, mesmo se esta era suficientemente eficaz para não ser substituída.

Pequena metáfora futebolística: Aos jogadores que antes eram acostumados a jogar com uma bola, a nova circulação de artefatos, enviam-nos dezenas de bolas simultaneamente, de forma lenta e acumulativa, mas o time, o campo de futebol, o número de jogadores e tempo para jogar permanecem os mesmos. De forma simplista poderíamos dizer que estamos de tal forma inseridos num sistema arbitrário que o próprio sistema não tem mais “tempo” de analisar este fenômeno para proceder a uma correção coerente. De forma mais pertinente, deveríamos colocar a seguinte questão: seria possível ser proposital? Atribuir erros repetitivos às máquinas e aos sistemas virtuais visto que a capacidade de correção se tornou um critério de controle de qualidade?  

Atitude: Reencontrar a simplicidade dentro da complexidade supérflua.